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Rainha da Sapucaí: os títulos de Rosa Magalhães.
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Rainha da Sapucaí: relembre os títulos e a trajetória de Rosa Magalhães, enredo do Salgueiro 2026

Carnaval. A TV Globo divulgou o enredo do Salgueiro, nesta quarta-feira (21), para o Carnaval de 2026. Jorge Silveira, que estreou na Academia este ano, segue como carnavalesco e assina o tema A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da pena-de-pau”. É uma homenagem […]

 

Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo

Rosa Magalhães. Foto: Reprodução de vídeo

Carnaval. A TV Globo divulgou o enredo do Salgueiro, nesta quarta-feira (21), para o Carnaval de 2026.

Jorge Silveira, que estreou na Academia este ano, segue como carnavalesco e assina o tema A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da pena-de-pau”.

É uma homenagem para a carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu no dia 25 de julho de 2024, vítima de um infarto.

Salgueiro 2026

Quem foi Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã da Marquês de Sapucaí?

Figurinista, cenógrafa, escritora e artista plástica com três graduações, “a professora” iniciou sua trajetória no Carnaval em 1970, no Salgueiro, como ajudante de Fernando Pamplona. Era apenas o início de uma carreira premiada e que se tornaria referência no segmento.

Mulher de poucas palavras, Rosa, que nasceu no Rio, e morava em Copacabana, construiu sua carreira de sucesso no universo das escolas de samba, onde atuou por mais de 50 anos, com muito trabalho.

Legado no Carnaval

Dona de desfiles marcantes, colecionou títulos no Carnaval carioca, com passagens pela Beija-Flor, Império Serrano, Tradição, Estácio de Sá, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira, São Clemente, Portela e Paraíso do Tuiuti. Em São Paulo, atuou pela Barroca Zona Sul e Dragões da Real.

O primeira taça conquistada por Rosa Magalhães foi pela Império Serrano, ao lado de Lícia Lacerda, com o enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em 1982.

A época de ouro da carnavalesca aconteceu entre 1994 e 2001, na Imperatriz Leopoldinense. Na escola de Ramos, Rosa se consagrou com trabalho requintado, luxuoso e marcado por temáticas históricas que renderam campeonatos e premiações aliado aos chamados desfiles chamados de “técnicos” realizados pela agremiação.

O último título da artista foi em 2013, pela Unidos de Vila Isabel. Ausente no Carnaval de 2024, seu último trabalho assinado em desfile, foi no Paraíso do Tuiuti, em 2023.

Premiações

Formada pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ, deu aulas na instituição e assinou figurinos e cenários para dezenas de espetáculos teatrais.

Como artista plástica, participou da 21ª Bienal de São Paulo, em 1991; da quadrienal de Praga, no mesmo ano; da 49ª bienal de Veneza, em 2001, além de três mostras no Museu de Arte do Rio, entre 2016 e 2019. Também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da Rede Globo.

Contabiliza no currículo, dois prêmios MinC; prêmios Carlos Gomes; Ordem do Mérito Cultural; e Medalha de Prata, oferecida pelo governo da Áustria.

Ganhou um Emmy, um dos prêmios mais importantes da TV mundial, ao ser indicada na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, e deixou sua marca na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos 2016, no Rio.

Biografia, documentários e tema de enredo

Em 2019, teve sua trajetória transformada em biografia. “Rosa Magalhães — A moça prosa da avenida”, de Luiz Ricardo Leitão, foi lançada pela Uerj, mesma instituição que, em 2002, concedeu-lhe o título de doutora “honoris causa”.

Em 2023, foi tema do documentário “Rosa – A narradora de outros Brasis”, de Valmir Moratelli e Libário Nogueira. Escreveu três livros: “Fazendo Carnaval”, “O inverso das origens”, junto com Maria Luiza Newlands, e “E vai rolar a festa”. Também foi enredo de escola de samba, ao ser exaltada pela Unidos da Vila Santa Tereza, em 2020.

Considerada por muitos como a maior carnavalesca da história, Rosa Magalhães fez o Carnaval, com seus mais de 40 trabalhos apresentados na Avenida, ser ainda mais elegante, rico e cultural.

Velório e sepultamento

O velório de Rosa foi aberto ao público no Palácio da Cidade, em Botafogo. Restrito para familiares e amigos próximos, o sepultamento aconteceu no cemitério São João Batista.

No local, dezenas de coroas de flores e pavilhões das escolas de samba, além da presença de diversos sambistas e colegas de trabalho, que deram o último adeus a quem chamavam, carinhosamente, de professora.

Com ela, encerrou-se a mais vitoriosa trajetória de uma carnavalesca nos desfiles de escola de samba do Rio de Janeiro na Marquês de Sapucaí.

+ relembre todos os título de Rosa na Sapucaí:

Império Serrano – Bum Bum Paticumbum Prugurundum, 1982:

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Imperatriz – Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres, 1994:

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Imperatriz – Mais vale um jegue que me carregue que um camelo que me derrube, lá no Ceará, 1995:

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Imperatriz – Brasil mostra a sua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasilie, 1999:

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Imperatriz – Quem descobriu o Brasil foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval, 2000:

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Imperatriz – Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá, 2001:

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Vila Isabel – A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – Água no feijão que chegou mais um…, 2013:

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Na Avenida este ano, a escola cantou o enredo Salgueiro, de corpo fechado.

O samba-enredo leva a assinatura de Xande de Pilares, Pedrinho da Flor, Betinho de Pilares, Renato Galante, Miguel Dibo, Leonardo Gallo, Jorginho Via 13, Jeferson Oliveira, Jassa e W.Correa. A escola amargou um indigesto e contestado 7º lugar e ficou de fora do desfile das Campeãs.




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